terça-feira, 28 de setembro de 2010

INGÁ - Instituto de Gestão das Águas e Clima

O Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ) está implementando o Programa Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca para o Estado da Bahia, tendo como objetivo central a construção coletiva do Plano de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE – Bahia).
Entre os estados nordestinos, a Bahia é o que possui hoje, em extensão geográfica, a maior Área Sujeita à Desertificação (ASD), com 490 mil quilômetros quadrados do Estado, o que equivale a aproximadamente 86,8% do território e 289 municípios localizados no semi-árido.
A desertificação tem origem a partir não só de fatores físicos e biológicos, mas também sociais, econômicos e políticos. Portanto, combater a desertificação significa discutir os atuais modelos de desenvolvimento no Estado.
Objetivos do Programa


Combater a pobreza e as desigualdades sociais;
Promover a gestão democrática dos recursos naturais;
Preservar, conservar, manejar de forma sustentável os recursos naturais, ampliando a capacidade produtiva.
Abrangência


Região de Guanambi: Guanambi, Malhada, Livramento de Nossa Senhora, Iuiú, Sebastião Laranjeiras, Urandi, Palmas de Monte Alto, Matina, Igaporã, Caetité, Candiba, Pindaí, Lagoa Real, Licínio de Almeida, Mortugaba, Ibiassucê, Caculê, Jacaraci, Brumado e Riacho de Santana.
Região de Irecê: Irecê, América Dourada, Canarana, Barra do Mendes, Barro Alto, Cafarnaum, Jussara, Uibaí, Ibititá, João Dourado, Central, Lapão, Presidente Dutra, Ibipeba, Itaguaçu da Bahia e São Gabriel.
Região de Jeremoabo: Jeremoabo, Macururé, Rodelas, Chorrochó, Paulo Afonso, Glória, Santa Brígida, Uauá, Canudos, Pedro Alexandre, Coronel João Sá, Novo Triunfo, Antas, Cícero Dantas e Euclides da Cunha.
Região de Juazeiro: Juazeiro, Remanso, Sento Sé, Casa Nova, Sobradinho, Campo Formoso, Jaguarari, Curaça e Abaré.
Resultados


• Reativação do Grupo de Trabalho “GT Desertificação”. Este GT reúne membros da equipe da Coordenação Socioambiental (COSAM), das Unidades Regionais (Senhor do Bonfim, Irecê, Juazeiro, Barreiras, Guanambi, Jequié, Feira de Santana e Seabra), representantes de outros órgãos públicos e representantes de entidades da sociedade civil para discutir o planejamento do Programa e participar das ações de mobilização previstas. A 1ª reunião aconteceu em 06 de março e de desde então foram convocadas e realizadas mais 08 (oito) encontros. A média de participantes em cada reunião é de, aproximadamente, 15 pessoas.
• Realização do I Seminário de Mudanças Climáticas e Desertificação na Bahia. Como a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (CCD) definiu o dia 17 de junho como o Dia Mundial de Combate a Desertificação, o INGÁ através do Centro Estadual de Metereologia da Bahia (Cemba) e da Cosam, realizou este seminário entre os dias 16 e 19 de junho. Além da apresentação do Programa, foram apresentadas diversas palestras sobre o tema;


• Realização do Diálogo das Águas com o tema: Desertificação e Água em Salvador, 25 de Setembro cujo palestrante foi o Dr. Iedo de Sá, pesquisador da EMBRAPA Semi-árido;


• Inclusão do tema Desertificação como um dos 06 eixos temáticos nas oficinas realizadas nos Encontros pelas Águas 2009, evento de caráter participativo promovido pelo INGÁ para discutir temas de relevante interesse socioambiental nas Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA).


• Ao longo de 2009 foram visitados 50 municípios em três pólos. Foram eles:

- Pólo Guanambi entre 11 e 22 de maio;
- Pólo Irecê entre 06 e 17 de julho;
- Pólo Jeremoabo entre 09 e 20 de novembro.

A visita ao Pólo Juazeiro está prevista para ser realizada em fevereiro de 2010. Este pólo é formado por 10 municípios: Juazeiro, Remanso, Sento Sé, Casa Nova, Sobradinho, Campo Formoso, Jaguarari, Curaça, Uauá e Canudos.
Parceiros


Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs)

Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irppa)

Instituto de Permacultura em Terras Secas (Ipêterras)

Movimento Via do Trabalho

Cáritas Regional

Tuxa – Organização, Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo

Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado da Bahia (Fetag)

Instituto do Meio Ambiente (Ima)

Superintendência de Agricultura Familiar (Suaf) da Secretaria de Agricultura (Seagri)


Visando promover a conservação dos mananciais hídricos do Estado da Bahia, o Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ) - autarquia vinculada à Secretaria do Meio ambiente (Sema), responsável pela gestão das águas no território baiano - propõe o Programa Estadual de Restauração e Conservação das Matas Ciliares e Nascentes do Estado da Bahia (Permac).



Completamente inserido nas atribuições do INGÁ, definidas pela Lei 1.050/2009, o Permac objetiva minimizar e coibir a degradação dos mananciais hídricos estaduais e a estimular a restauração e conservação das APP – Áreas de Preservação Permanente, principalmente as matas ciliares e nascentes, de forma a garantir água, em qualidade e quantidade, a médio e longo prazos, à população baiana.


Objetivos do Programa

Viabilizar projetos de restauração e recuperação da vegetação nativa ao longo dos rios, ao redor de barragens e nascentes visando à proteção de mananciais de abastecimento e recarga de aqüíferos;
Reduzir o processo de erosão do solo e o assoreamento dos rios e reservatórios d’água, promovendo a melhoria da qualidade e quantidade de água;
Conservar a biodiversidade através da implantação de corredores naturais, através das matas ciliares visando reduzir o impacto da fragmentação da vegetação nativa e sua manutenção em longo prazo; dentre outros.
Abrangência


Regiões de Planejamento e Gestão das Águas – RPGAs, no Estado da Bahia:

I - Rio Doce;

II - Rio Mucuri

III - Rios Peruípe, Itanhém e Jucuruçu;

IV - Rios dos Frades, Buranhém e Santo Antônio;

V - Rio Jequitinhonha;

VI - Rio Pardo;

VII - Leste;

VIII - Rio das Contas;

IX - Recôncavo Sul;

X - Rio Paraguaçu;

XI - Recôncavo Norte;

XII - Rio Itapicuru;

XIV - Rio Vaza-Barris;

XVI - Rios Macururé e Curaçá;

XVII - Rio Salitre;

XVIII - Rios Verde e Jacaré;

XIX - Lago de Sobradinho;

XX - Rios Paramirim e Santo Onofre;

XXI - Riachos da Serra Dourada e Brejo Velho;

XXII - Rio Carnaíba de Dentro;

XXIII - Rio Grande;

XXIV - Rio Corrente;

XXV- Rio Carinhanha;

XXVI – Rio Verde Grande.

Ingá - Instituto De Gestão Das Águas e Clima

Encontro de meteorologistas do nordeste discute essas temáticas
em 18/06/2010
A indagação: Será que vai chover? ou a famosa reclamação: que calor retado! As duas expressões representam nada mais nada menos como as informações do tempo e clima podem ajudar a população. A meteorologia acaba sendo um guia para orientar a sociedade e para auxiliar decisões estratégicas do Estado. E para tanto esses dados necessitam ser divulgados de forma simples, mas com total precisão e qualidade.







Essa foi a idéia passada pelo jornalista do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe), Robério Coutinho, que falou sobre meteorologia e comunicação na sexta-feira (18.06), no auditório Paulo Jackson do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), como parte integrante da ‘VII Reunião de Análise e Previsão Climática para o Nordeste do Brasil’.







Além de chamar a atenção de que muitas vezes é o jornalista quem generaliza o tema em questão, mas outras vezes é o próprio meteorologista que não formula com precisão e qualidade a informação passada ao jornalista, Coutinho também abordou o tema ‘Mudanças climáticas e mídia: um estudo de caso em Pernambuco’. O trabalho consiste



consiste na triagem de notícias publicadas nos principais veículos de mídia de Pernambuco e de outros estados do Nordeste entre os meses de março e abril deste ano.







De acordo com o jornalista, os dados adquiridos na pesquisa demonstram a necessidade de ampliar com certa urgência a quantidade de equipamentos que auxiliam o monitoramento do clima, como plataformas e satélites. “As mudanças climáticas não são para amanhã, são para hoje. O clima já está mudando”, disse.







A triagem do estudo detectou 220 notícias veiculadas e observou como a cobertura jornalística foi feita. Coutinho observa que as conseqüências da chuva costumam ganhar bastante espaço nos meios de comunicação, principalmente quando provocam desastres e catástrofes.







O estudo de caso apresentado conclui que a inserção de pautas sobre o clima no noticiário interfere na formulação de políticas públicas traçadas pelos gestores e acredita que os veículos de comunicação amplificam as vozes dos meteorologistas. No seu ponto de vista, é pertinente noticiar as mudanças climáticas e é importante acompanhar como essas essa inserção de pautas está sendo feita. “Não basta falar sobre o aquecimento global, mas também como isso afeta a população e como a informação é passada nas notícias”, afirmou.

Compostagem

A compostagem é o processo de transformação de materiais grosseiros, como palhada e estrume, em materiais orgânicos utilizáveis na agricultura. Este processo envolve transformações extremamente complexas de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do solo que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, nutrientes minerais e carbono.
O que é o composto? O composto é o resultado da decomposição da matéria orgânica, em presença de oxigênio do ar, que dá origem ao gás carbônico, calor, água e a matéria orgânica "compostada". Sua presença no solo aumenta o número de minhocas, insetos e microorganismos desejáveis, ajudando a reduzir a incidência de doenças de plantas.

Na agroecologia a compostagem tem como objetivo transformar a matéria vegetal em dois tipos de composto: um para ser incorporado nos primeiros centímetros de solo e outro para ser lançado sobre o solo, como uma cobertura. Esta cobertura se chama "mulche" e influencia as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, beneficiando o estímulo ao desenvolvimento das raízes das plantas, que se tornam mais capazes de absorver água e nutrientes do solo, aumento da capacidade de infiltração de água do solo, reduzindo a erosão, estabilidade de temperatura e pH do solo, além de favorecer a reprodução de microorganismos benéficos às culturas agrícolas.
Preste atenção na historinha....

Muitas pessoas acreditam que um bom composto é difícil de ser feito ou exige um grande espaço para ser produzido, outras que é sujo e atrai animais indesejáveis. Porém, um composto pode ser produzido com pouco esforço e custos mínimos.

Outro engano muito comum é mandar para a lata do lixo partes dos alimentos que poderiam ir para o prato: folhas de muitas hortaliças, talos, cascas e sementes que são ricas fontes de fibra e de vitaminas e minerais fundamentais para o bom funcionamento do organismo, o que comprova que a melhoria da saúde das famílias pode ser conseguida como medidas simples como o reaproveitamento integral de alimentos.

Todos os restos de alimentos, estercos animais, aparas de grama, folhas, galhos, restos de culturas agrícolas, enfim, todo o material de origem animal ou vegetal pode entrar na produção do composto.O cuidado que se deve ter é de não usar algund materiais como madeira tratada com pesticidas contra cupins ou envernizadas, vidro, metal, óleo, tinta, couro, plástico e papel, pois não são facilmente degradados.
No geral é de suma importância o uso de esterco de animais, qualquer tipo de plantas, pastos, ervas, cascas, folhas verdes e secas, palhas, todas as sobras de cozinha que sejam de origem animal ou vegetal e qualquer substância que seja parte de animais ou plantas (pêlos, lãs, couros, algas). Quanto mais variados e mais picados os componentes usados, melhor será a qualidade do composto e mais rápido o término do processo de compostagem.
Para preparar as pilhas do composto deve-se escolher um local com facilidade de acesso, disponibilidade de água para molhá-las e com solo de boa drenagem, considerando a relação carbono-nitrogênio (Relação C/N), o que irá suprir os microrganismos para uma boa decomposição.

A montagem se dá em camadas, iniciando com material vegetal seco de aproximadamente 15 a 20 centímetros, com elementos de
alta relação C/N (folhas, palhadas, troncos ou galhos picados), seguindo com a deposição de materiais vegetais frescos, com baixa relação C/N (restos de cozinha, esterco, grama). Essa combinação C/N alta, C/N baixa é considerada ideal para a compostagem. Cada camada montada deve ser umedecida para uma distribuição mais uniforme da água por toda a pilha, que deve alcançar a altura de 1,5 metros.

Durante os primeiros dias, a pilha pode ter seu volume reduzido até um terço do inicial, tornando as camadas inferiores mais densas, para isso,recomenda-se fazer o revolvimento da pilha. O ideal é que sejam feitos pelo menos três revolvimentos no primeiro mês de compostagem, aos 7, 17 e 30 dias, aproximadamente. Não deve deixar de verificar a umidade da pilha e, caso seja necessário, irrigar o material para torná-lo úmido, mas não encharcado,de modo que quando aperte um punhado composto na mão, pingue, mas não escorra água. No verão, se o composto estiver a pleno sol, é bom cobri-lo com folhagens para evitar o excesso de evaporação de água. Uma vez que a pilha de composto foi montada, não se devem acrescentar novos materiais.

O composto maduro, cujo prazo ´varia de 60 a 90 dias, tem cheiro agradável. Os materiais usados formam uma massa escura na qual não se diferencia um do outro. Uma vez pronto, não deve ficar exposto à ação do tempo. Enquanto não for utilizado, deve permanecer umedecido e protegido do sol e da chuva.
Depois de ficar sabendo de tudo isso agora é só partir para o trabalho e fazer cobertura morta!


Pilha de Composto

Composto Pronto  

Energias Renováveis

A energia renovável é aquela que é obtida de fontes naturais capazes de se regenerar, onde consideravelmente sua produção é maior que o seu consumo sendo, portanto, praticamente inesgotáveis, como por exemplo:

• O Sol: energia solar

• O vento: energia eólica

• Os rios e correntes de água doce: energia hidráulica

• Os mares e oceanos: energia mareomotriz

• A matéria orgânica: biomassa

• O calor da Terra: energia geotérmica

Essas energias renováveis são consideradas como "alternativas" ao modelo energético tradicional, pela sua disponibilidade, por não precisar de milhares de anos para sua formação como é o caso dos combustíveis fósseis, pelo menor impacto ambiental.


Eis algumas características dos tipos de energias renováveis:
Energia Solar – O sol sempre foi uma fonte de energia de onde utilizamos seu calor. As plantas usam a luz do sol para produzir alimento e os animais alimentam-se delas. Pode ser aproveitada de diversas formas através de diversos tipos de conversão.

Energia Eólica – A energia cinética dos ventos é uma fonte de energia que pode ser transformada em elétrica e mecânica. São as formas de produzir força através dos ventos. Os cata-ventos e embarcações a vela, por exemplo, são formas bastante antigas de seu aproveitamento.

Biomassa - a energia química, produzida pelas plantas através da fotossíntese. É distribuída e armazenada nos corpos dos seres vivos graças a grande cadeia alimentar, onde a base primária são os vegetais. Plantas, animais e seus derivados são biomassa. Sua utilização como combustível pode ser feita das suas formas primárias ou derivados: madeira bruta, resíduos florestais, excrementos animais, carvão vegetal, álcool, óleos animal ou vegetal, gaseificação de madeira, biogás etc.

Hidroenergia - energia cinética das massas de água dos rios, que fluem de altitudes elevadas para os mares e oceanos graças à força gravitacional. Este fluxo é alimentado em ciclo reverso graças à evaporação da água. A hidroenergia também pode ser vista como forma de energia potencial; volume de água armazenada nas barragens rio acima.

Benefícios na utilização das energias renováveis:

A utilização das energias renováveis em substituição aos combustíveis fósseis é considerada direção viável e vantajosa. Além de serem praticamente inesgotáveis já nos é provado do baixo custo dessas energias para o meio ambiente, cujos impactos têm sido freqüentes. Graças aos diversos tipos de manifestação, disponibilidade de larga abrangência geográfica e variadas possibilidades de conversão, as renováveis são bastante próprias para geração distribuída e ou autônoma.

Vale ressaltar que o desenvolvimento das tecnologias para o aproveitamento dessas energias poderá beneficiar comunidades rurais propiciando a melhoria da qualidade de vida das famílias. Isso certamente diminuirá o êxodo rural e a má distribuição da renda
.

ASA BRASIL - Articulação no Semi-Árido Brasileiro

ASA participa de encontro preparatório para conferência internacional do clima
Terminou nesta quarta-feira (16) o Encontro Preparatório do Nordeste para a 2ª Conferência Internacional: clima, sustentabilidade e desenvolvimento em região semiáridas (ICID 2010). O evento foi realizado na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Recife (PE).
A atividade foi dividida em quatro grupos de trabalho, que trabalharam cada um, uma temática específica. O grupo “Governança: representação, direitos, equidade e justiça” contou com a presença de seis palestrantes que apresentaram experiências exitosas na região Semiárida, dentre elas, a experiência da ASA.
O coordenador executivo da ASA, José Aldo dos Santos, explicou como a Articulação, através dos seus programas, tem contribuído para a construção de um Semiárido sustentável e como essas ações têm ajudado a construir políticas públicas para a região.
José Aldo acredita que as experiências desenvolvidas através dos programas da ASA podem contribuir nesse debate. “Essas experiências permitem que as famílias pensem na estocagem de água e de alimentos. Mas também permite que elas trabalhem em um processo de gestão das políticas públicas de forma descentralizada”, afirmou o coordenador.
As outras experiências apresentadas durante este momento foram: O Pacto das Águas do Ceará, a experiência da ONG Caatinga, que faz parte da ASA em Pernambuco, o Selo UNICEF Município aprovado, a Bodega da Caatinga e o Programa de Ação Estadual para o Combate à desertificação e Mitigação aos Efeitos da Seca.
“Esse evento tem uma importância fundamental para que a gente possa levar a uma reflexão com um olhar mais centrado no nosso Semiárido, focando a questão do desenvolvimento com sustentabilidade, e tomando a dimensão do clima como uma referência”, explica a pesquisadora da Fundaj, Edineida Cavalcanti, que coordenou essa mesa.
A perspectiva é montar uma agenda propositiva de políticas públicas baseadas nas experiências já existentes e nas tecnologias usadas no Semiárido nordestino, para ser encaminhada à Conferência Internacional, que será realizada em agosto, no Ceará.
ICID 2010

Cerca de 2.000 participantes de mais de 60 países devem participar da ICID 2010, que será realizado em agosto, em Fortaleza, no Ceará. A Conferência Internacional pretende discutir os desafios de desenvolvimento sustentável que enfrentam as regiões secas (áridas, semiáridas e subúmidas secas), diante das mudanças ambientais e climáticas em andamento.

Os resultados e recomendações da ICID 2010 serão uma contribuição dos participantes da ICID para a Conferência de Cúpula das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio + 20, que se realizará no Rio de Janeiro em 2012.

Golpe de Estado na Guatemala 1954

O golpe de estado que abalou a Guatemala em 1954 foi uma operação denominada PBSUCESS organizada pela CIA para derrubar Jacobo Arbenz Guzmán, o Presidente democraticamente eleito da Guatemala. O governo Arbenz introduziu uma série de reformas que a "inteligência americana" considerou como atribuídos aos comunistas e de influência soviética, como a apreensão e expropriação de terras não utilizadas que corporações privadas retiradas há muito tempo, e distribuição dessas terras para camponeses. Isso fomentou o receio nos EUA de que a Guatemala se tornaria o que Allen Dulles chamou de "uma praia Soviética na América" (uma posição inimiga para a invasão). Esta situação criou um impacto na CIA e na administração Eisenhower durante a época do Macartismo. O Presidente Arbenz promulgou essencialmente uma reforma agrária que antagonizava a multinacional norte-americana United Fruit Company, com interesses oligarquicos e influências na Guatemala, através de "lobbyings" nos EUA.

Mapa da Guatemala
A operação, que durou apenas a partir de finais de 1953-1954, foi planejada para armar e treinar para um "exército de libertação" assumir o país, com cerca de 400 rebeldes sob o comando de um oficial exilado do exército guatemalteco o coronel Carlos Castillo Armas com uma coordenação ardil do complexo diplomático, económico e propaganda em grande parte experimental. A invasão foi precedida de um plano desde 1951, chamado PBFORTUNE para financiar e fornecer armas e suprimentos para as forças opostas ao presidente. Após a invasão a Operação PBHISTORY, a fim de dedicar-se à recolha de documentos para incriminar o governo Arbenz de fantoche comunista.
Ao longo das próximas quatro décadas após a derrubada de Arbenz, a sucessão de governantes militares iria criar uma guerra de contra-insurgência, que desestabilizou a sociedade guatemalteca. A violência causou a morte e o desaparecimento de mais de 140.000 guatemaltecos, e alguns ativistas dos direitos humanos, coloca o número de mortes tão elevado como 250.000. Em etapas posteriores deste conflito a CIA tentou, com algum sucesso reduzir as violações dos direitos humanos e parou um golpe em 1993 e ajudou a restaurar o regime democrático.